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Comprar casa em Portugal: estrangeiros gastam mais 95% que residentes

Quem vive fora da UE gasta mais: compra casas pelo valor médio de 414 mil euros (+143% do que os residentes), diz BdP.

Nos últimos 10 anos, o “aumento significativo” da participação de compradores não residentes marcou o mercado residencial português. Não só representaram 11,7% do valor das transações de habitação nos quatro trimestres terminados em junho, como também compraram casas de valores bem mais elevados do que os residentes. O Banco de Portugal (BdP) diz mesmo que o valor médio por aquisição de casas desembolsado por compradores estrangeiros é 95% mais elevado do que valor pago por compradores residentes no país.


No Relatório de Estabilidade Financeira de novembro de 2022, o regulador liderado por Mário Centeno faz referência ao papel dos estrangeiros no “dinamismo” do mercado residencial português na última década. E conclui que “após alguma redução na sequência da pandemia, as transações de habitação envolvendo compradores com domicílio fiscal fora de Portugal voltaram a aumentar significativamente, com o contributo maioritário dos compradores com domicílio fiscal fora da União Europeia (UE)”, lê-se no documento publicado esta quarta-feira, dia 23 de novembro.


Em concreto, os compradores não residentes em Portugal representaram 11,7% do valor das transações de habitação no país no acumulado dos quatro trimestres terminados em junho. E, assim, aumentaram a sua importância no valor total das casas compradas em 2,8 pontos percentuais face ao período homólogo, altura em que os estrangeiros representavam apenas 8,9% do valor movimentado pela transação de casas.


Além disso, os estrangeiros estão a comprar casas em Portugal bem mais caras do que os residentes. O valor médio de transação por compradores não residentes é 95% mais elevado do que o dos compradores residentes, aponta o relatório. E quem compra casas mais caras, os residentes noutros países da UE ou fora das fronteiras europeias? Segundo os dados agora divulgados pelo BdP, quem gasta em habitação no nosso país mais não vive no espaço europeu:

  • Compradores com domicílio fiscal noutros países da UE: o valor médio de transação de habitação foi de 265 mil euros, superior em 55% ao valor médio de transação dos compradores com domicílio fiscal em Portugal;

  • Compradores com domicílio fiscal fora da UE: o valor médio de transação foi de 414 mil euros, superior em 143% ao valor médio das transações envolvendo compradores residentes em Portugal


Fonte: Idealista

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