
O autoconsumo de energia destina-se ao consumo do agregado familiar da casa. Já uma unidade de pequena produção direciona-se a produzir energia solar para vender para a rede. Saiba qual a melhor solução.
O investimento nas energias renováveis, mais especificamente com o propósito de poupar com energia solar, é mais rentável do que colocar o dinheiro num depósito a prazo em Portugal. Autoconsumo vs Unidade de Pequena Produção Primeiramente é fundamental determinar a diferença entre painéis solares térmicos e fotovoltaicos. Os painéis solares térmicos são transformadores de radiação solar em energia térmica para o aquecimento da água ou similares, e os painéis solares fotovoltaicos são conversores de energia solar em corrente elétrica. Energia Solar: Autoconsumo A Unidade de Produção para Autoconsumo (UPAC) da fonte renovável injeta a energia solar produzida na instalação de consumo, se bem que, em casos excecionais, os excedentes podem ser injetados na RESP. O propósito desta produção é adequar a capacidade de produção ao regime de consumo, minimizando a injeção de energia na RESP, e que a potência de ligação da UPAC seja menor ou igual a 100% da potência contratada na instalação de consumo. Energia Solar: Unidade de Pequena Produção O novo regime jurídico da produção distribuída determina, além da modalidade anterior, a produção de eletricidade em regime de Pequena Produção (PP). Podem ser explicadas como unidades de produção com potência de ligação igual ou inferior a 250kW que injetam, tendo como fonte o sol, toda a energia produzida na rede elétrica de serviço público (RESP). Existem três categorias estabelecidas na legislação, no que toca às tarifas de referência:
Categoria I: instalação de apenas uma Unidade de Pequena Produção (UPP)
Categoria II: UPP associada no local de consumo com tomada para carregamento de veículos elétricos
Categoria III: UPP associada no local de consumo com coletor solar térmico de área mínima útil de 2 m²
Produzir e vender energia Se está interessado em ser produtor e vendedor este tipo energia, apresentamos algumas dicas:
Quem pode ser produtor de uma UPP?
Qualquer pessoa, singular ou coletiva, tal como condomínios de edifícios com propriedade horizontal que tenham um contrato de compra de eletricidade.
Qual a potência máxima que pode ser instalada?
A potência de ligação de uma UPP tem de ser menor ou igual a 100% da potência contratada no contrato de fornecimento e não pode ser superior a 250kW.
Como fazer o registo e obter o certificado de exploração?
Pode ser feito através do Sistema Eletrónico de Registo de Unidades de Produção (SERUP).
Pode consumir-se e vender-se o excedente?
Toda a produção é vendida e injetada na rede. Caso pretenda consumir a própria energia produzida e, quando aplicável, vender o excedente da produção ao comercializador de último recurso (CUR), deve inscrever-se no regime de autoconsumo.
Qual é a tarifa de venda?
A tarifa da energia elétrica produzida pela UPP é remunerada com base num modelo de licitação, no qual os concorrentes oferecem descontos à tarifa base e corresponde ao valor mais alto que resulte das maiores ofertas de desconto à tarifa de referência. Esta é estabelecida em portaria da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) até ao dia 15 de dezembro de cada ano. No ano passado, foi de 95 euros/MWh (0,095 euros/kWh). Neste sentido, produzir energia solar para autoconsumo demonstra ser o mais viável, tendo poupanças substanciais logo no primeiro ano, tanto em energia elétrica como em gás natural. Contudo, o facto de nem ter de “pagar nada” do seu bolso em termos energéticos logo no primeiro ano após o investimento na UPP, e tendo em conta as receitas previstas a partir do décimo ano, acaba esta acaba ainda por ser, de longe uma opção mais atrativa comparativamente a deixar o dinheiro a render num depósito a prazo.