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O investimento imobiliário é caracterizado diversas vezes como um modo de aplicar e multiplicar poupanças. No entanto, nem sempre é assim e, portanto, deve-se ter em atenção certos fatores.
Os últimos anos, em cidades como Lisboa e Porto, foram bons para o mercado imobiliário, uma vez que o preço das casas alcançou valores altos. Investir para vender ou colocar imóveis no mercado para arrendar parece um negócio de sucesso. No entanto, antes de se iniciar a procura de anúncios de casas à venda ou para arrendamento, há alguns fatores que devem ser tidos em consideração. Neste sentido, apresentamos algumas dicas e etapas para um bom investimento imobiliário, segundo um artigo do Santander. Investimento imobiliário: Dicas Antes de se investir, tanto em imóveis como em ações, ou até nos tradicionais depósitos a prazo, deve tentar compreender-se qual o perfil de investidor de cada indivíduo. Pode ser um investidor conservador, isto é, que não arrisca e não pretende perder dinheiro. Ou um investidor que está apenas disposto a arriscar para ganhar mais rentabilidade, mesmo que isso implique determinadas perdas. No entanto, quanto espera ganhar e em quanto tempo? A solução a estas perguntas é fundamental para compreender se pretende realmente aplicar dinheiro em imóveis e qual o tipo de investimento imobiliário mais indicado para cada si. "Seja qual for o seu perfil, e independentemente das suas expetativas, nunca se esqueça da regra mais importante: diversificar o investimento, reduzindo assim a probabilidade de perdas", segundo refere a mesma fonte. Informação reduz o risco Se ponderar em efetuar este tipo de investimento mas, contudo, não tem experiência, é recomendado ter conhecimento na matéria, de forma a avaliar bem as tendências do mercado. O Santander apresenta certos exemplos, como:
"Até ao início de 2020, o investimento em imobiliário para Alojamento Local parecia ser uma ótima ideia. Mas a pandemia e a quebra no turismo levaram a que milhares de casas ficassem vazias e muitos investidores deixaram de ter rentabilidade. Outros, que tinham contraído crédito para investir, sentiram ainda mais dificuldades".
"Sabia que, devido aos vários confinamentos, as casas sem varanda ou terraço tornaram-se menos atrativas? E que as zonas rurais, onde é possível estar em teletrabalho e em contacto com a natureza tiveram mais procura?"
É essencial manter-se informado no que toca à as tendências do mercado, procurar zonas com potencial de valorização e imóveis com características que vão ao encontro das necessidades dos potenciais compradores interessados. Apesar do risco estar sempre presente e nenhum investimento ser 100% garantido, a informação auxilia o processo. Investimento imobiliário: O que se deve fazer O investimento imobiliário realiza-se, de modo geral, de três formas:
comprar um imóvel para voltar a vendê-lo;
comprar um imóvel para reabilitar;
comprar um imóvel para arrendar.
Em qualquer das situações, deve ser tido em mente que o rendimento não é garantido ou, pelo menos, imediato. Em todas as possibilidades deve-se contar também com a carga fiscal associada à compra de imóveis:
Mais-valias, no caso da compra e venda,
IMI (Imposto Municipal Sobre Imóveis),
IMT (Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis),
Imposto de Selo.
Além disso, deve sempre abranger no seu orçamento seguros e outras despesas de manutenção, quer no caso de continuar com o imóvel ou colocá-lo para arrendamento. Neste sentido, antes de investir, deve-se analisar qual a possibilidade mais vantajosa para o seu caso e para o valor que quer investir. Investir com pouco dinheiro Quando se trata de investimento imobiliário, pensa-se num investimento com valores que não estão ao alcance da maioria das pessoas. Efetuar um crédito habitação para investir pode ser uma possibilidade, no entanto, coloca-se sempre a questão de certificar que o imóvel é suficientemente rentável para poder pagar a prestação e outras despesas, e ainda obter lucro. Isto é, esta também não é uma escolha que se adeque a todas as carteiras. E, por isso, deve ser bem ponderada. Fundos de investimento imobiliário Nos fundos de investimento imobiliário também há uma agregação de investimentos realizados por várias pessoas ou entidades, no entanto, existem outras regras. Nos fundos existe diversificação já que os investimentos incluem imóveis em segmentos tão diferentes como habitação, hotelaria, escritórios ou centros comerciais. A diversificação do risco é, aliás, um dos benefícios destes fundos: os investimentos menos rentáveis são compensados por outros. Os fundos imobiliários também são regulados pela CMVM, tendo, por isso, regras e supervisão definidas. Para investir é preciso subscrever as chamadas Unidades de Participação, como “ações” desse fundo: "quantas mais comprar, maior será a sua participação no fundo e maior será depois a remuneração recebida. Ou seja, os lucros dos fundos são divididos de acordo com o montante que aplicou", segundo refere o Santander. Além de se poder gastar menos do que gastaria se comprasse um imóvel, também não terá de se preocupar com os impostos ou com despesas de manutenção. Os fundos de investimento têm uma gestão profissional que toma as decisões necessárias. No entanto, uma das desvantagens trata-se da rentabilidade não ser garantida. O valor dos investimentos sofre oscilações, o que representa que não vai ganhar sempre o mesmo. Além disso, não existe garantia de capital, ou seja, pode perder o dinheiro que aplicou. Neste sentido, antes de aplicar as suas poupanças num fundo de investimento imobiliário deve compreender o seu funcionamento. A consulta do prospeto do fundo imobiliário é importante para perceber as condições, vantagens e desvantagens deste tipo de investimento.